"Em nome de todo o governo, condeno com a maior severidade" a tentativa de derrubar "com violência" o governo eleito da Turquia, indicou a chanceler numa intervenção em Berlin.
Acrescentou que o tratamento dos "responsáveis pelos acontecimentos trágicos podem e não deverão ser tratados senão nos termos das regras do Estado de direito".
"Qualquer mudança política deve produzir-se pela via democrática, não com tanques na rua", afirmou Merkel após regressar da cimeira Ásia-Europa, que decorreu na Mongólia.
Merkel acrescentou que esta é também a opinião "dos parceiros da UE" que participaram naquele encontro e considerou trágico que tantas pessoas tenham pago com a sua vida a intentona golpista.
"Desejo ao povo turco que, após as horas traumáticas vividas, volte depressa à calma e supere as divisões", disse a chefe do governo alemão.
Merkel exprimiu solidariedade com "todas as forças democráticas, no governo e na oposição", disse que a "Alemanha está do lado dos que defendem a democracia" e recordou que deve respeitar-se a vontade do povo, expressa através do voto.
Recordou os vínculos especiais que unem o seu país à Turquia, tanto pela sua condição de parceiros na NATO como pelo facto de viverem na Alemanha "milhões de concidadãos com raízes turcas", mais concretamente 3,5 milhões, a maior comunidade de origem estrangeira no país.
Lusa