O adido, identificado como Mikail Gullu, foi detido num aeroporto na cidade oriental de Dammam, na Arábia Saudita, quando tentava entrar num voo para a Alemanha, segundo as mesmas fontes.
"As autoridades sauditas detiveram o adido militar da embaixada da Turquia no Kuwait", informou o diário Asharq Al-Awsat, que cita uma fonte diplomática estrangeira.
Segundo o jornal, o suspeito foi detido "com base num pedido da Turquia durante a sua tentativa de fuga devido a prováveis ligações ao golpe na Turquia".
O canal de televisão saudita Al-Arabiya confirmou a notícia, citando "fontes sauditas", e acrescentou que Gullu se dirigia para Dusseldorf, na Alemanha, via Amesterdão.
O diário Al-Qabas, do Kuwait, acrescentou que Gullu fugiu do Kuwait para a Arábia Saudita por terra.
O embaixador turco no Kuwait, Salih Morat Tamer, disse ao Al-Qabas que Gullu é suspeito de envolvimento na intentona, mas sublinhou que as acusações ainda têm de ser investigadas quando o detido "for entregue à Turquia".
A Turquia foi alvo de uma tentativa de golpe de Estado na sexta-feira à noite, que oficialmente fez pelo menos 290 mortos, entre os quais mais de 100 golpistas.
O presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, pôs em marcha uma "grande limpeza" nas forças armadas e na justiça, que já resultou em mais de 6.000 militares detidos, entre os quais 103 generais e almirantes.
Quase 3.000 mandados de detenção foram emitidos contra juízes e procuradores desde a tentativa de golpe e a direção geral de Segurança da Turquia anunciou também hoje que já suspendeu 7.850 agentes por suspeita de ligação ao golpe falhado.
Lusa