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Aministia Internacional diz que tem "provas credíveis" de torturas na Turquia

A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional afirmou hoje que reuniu "provas credíveis" atestando casos de tortura de presos nos centros de detenção na Turquia, após a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho.

Aministia Internacional diz que tem "provas credíveis" de torturas na Turquia
Reuters

"A Amnistia Internacional dispõe de informações credíveis segundo as quais a polícia turca em Ancara e em Istambul mantém detidos em posições dolorosas durante períodos que vão além das 48 horas", afirma a Organização Não Governamental num comunicado.

Aquela ONG de defesa de direitos humanos indica ainda que a polícia está a exercer privações de alimentos e de água, a provocar ferimentos, a fazer ameaças e "nos casos mais graves, pancadas, torturas e violações.

Um decreto-lei sobre o estado de emergência publicado no sábado na Turquia refere que o período de detenção dos suspeitos envolvidos na tentativa falhada do golpe de Estado pode prolongar-se até 30 dias.

O período legal que uma pessoa poderá estar detida antes de ser presente ao juiz na Turquia é de quatro dias.

Na sexta-feira, o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, admitiu estender por mais tempo o estado de emergência decretado na quarta-feira por três meses.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou, também na sexta-feira, que 11 mil pessoas foram detidas devido a ligações com o golpe de Estado, que provocou 265 mortos.

O decreto-lei também dissolve milhares de estruturas e instituições, incluindo organizações ligadas à educação e relacionados com Fetullah Gülen.