A organização de defesa dos direitos humanos denunciou também inúmeros casos de tortura e de desaparecimentos.
Além das detenções, que estão a ser realizadas ao abrigo do Estado de Emergência, decretado por três meses, há milhares de funcionários públicos demitidos ou suspensos das suas funções.
Entre militares, médicos, professores, juízes e procuradores, serão mais de 45 mil as pessoas afastadas dos cargos que ocupavam na estrutura do Estado.
A purga atinge sobretudo pessoas com suspeitas de ligações ao teólogo Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, que, segundo o presidente turco Recep Erdogan, está alegadamente por trás da tentativa de golpe de Estado falhada.
Cerca de 25 empresas de media e 20 sites de notícias, considerados próximos de Gulen, foram encerrados e 47 antigos funcionários e jornalistas do diário Zaman, que até março era controlado por pessoas ligadas a Gulen, foram detidas.