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Alemãs detidas em Espanha depois de flashmob desencadear alerta terrorista

Cinco jovens alemãs foram detidas após uma tentativa (sem sucesso) de concentração instantânea (flashmob) numa estância balnear em Espanha, que desencadeou um alerta de terrorismo, indicou a polícia.

Platja d'Aro, Espanha
Platja d'Aro, Espanha
© Albert Gea / Reuters

As cinco eram monitoras de um grupo de adolescentes em férias e organizaram para terça-feira à noite, em Platja d'Aro, a flashmob em que uma pessoa fingia ser uma celebridade e as outras a perseguiam, gritando enquanto tentavam tirar-lhe fotografias, como se fossem paparazzi.

Os muitos veraneantes que se encontravam na marginal entraram em pânico, temendo que estivesse a ocorrer um ataque terrorista, e desataram a fugir.

Vídeos e fotos nas redes sociais mostraram pessoas a correr pelas ruas cheias de medo, algumas delas de crianças a chorar. Outras refugiaram-se em restaurantes, derrubando a loiça que se encontrava em cima das mesas e se estilhaçava no chão.

Onze pessoas receberam tratamento para escoriações e ataques de pânico na sequência da flashmob - um evento em que um grupo de pessoas de repente se reúne num local público, desempenha uma ação insólita por um breve período de tempo e depois rapidamente dispersa.

O fenómeno ocorreu pouco depois de um ataque em Nice, na Riviera Francesa, a 14 de julho, em que um homem matou 84 pessoas conduzindo um camião de encontro à multidão.

"Há brincadeiras que não são aceitáveis", escreveu o presidente regional, Carles Puigdemont, na rede social Twitter.

Pep Sole, um vereador de Platja d'Aro, disse à rádio local que as jovens alemãs podiam esperar uma punição pelos distúrbios que causaram.

"A minha intenção e a da maioria do município é que haja consequências, para que elas entendam que não podem fazer aquilo outra vez", disse Sole.

As cinco raparigas, com idades entre os 20 e os 25 anos, foram interrogadas por um juiz que decidiu libertá-las mas lhes pediu que ficassem ao dispor das autoridades enquanto prossegue uma investigação sobre alegada desordem pública, indicou uma fonte judicial.

Lusa