Atualmente, o segundo planeta a contar do Sol é verdadeiramente hostil: é extremamente quente (em média 462ºC), tem vulcões ativos e uma atmosfera maioritariamente constituída por dióxido de carbono. Mas nem sempre terá sido assim, revela um estudo.
Partindo da ideia de que Vénus e Marte terão sido semelhantes há milhares de milhões de anos - numa altura em que a atmosfera terrestre também era maioritariamente constituída por dióxido de carbono - cientistas da NASA, Universidade Uppsala, Universidade Columbia e Planetary Science Institute criaram quatro simulações de possíveis cenários do que aconteceu a Vénus desde então.
Com base nos modelos utilizados para estudar a evolução do clima na Terra, as variáveis de cada simulação de clima para Vénus eram ligeiramente alteradas - como por exemplo, a energia recebido do Sol ou a duração dos dias. Deixaram os modelos evoluir durante aproximadamente dois mil milhões de anos.
Uma das simulações resultou num planeta com temperaturas suficientemente baixas para a existência de vida que terá durado até há cerca de 715 milhões de anos - altura em que já havia vida na Terra.
Mas se estas simulações estão corretas, surge a próxima pergunta - o que provocou tantas alterações que deram origem às condições atuais no planeta Vénus?
Mas se estas simulações estão corretas, surge a próxima pergunta - o que provocou tantas alterações que deram origem às condições atuais no planeta Vénus? O simulador não avançou mais, mas os investigadores suspeitam que terá a ver com a velocidade a que roda sobre o seu próprio eixo - demora 243 dias terrestres, enquanto dá uma volta completa ao Sol em 225 dias.