Um novo estudo revela que foi detetada em quantidade "abundante" a presença de nanopartículas no cérebro humano. Esta pesquisa das Universidades de Lancaster, Oxford e Manchester, no Reino Unido, incidiu sobre 37 indivíduos ingleses e mexicanos, entre os 3 e os 92 anos.
"Agora temos um motivo para ir mais além e realizar testes epidemiológicos e de toxicidade, afinal esta partículas são muito frequentes e as pessoas estão muito expostas a elas", afirmou Barbara Mahler, responsável pela investigação, ao jornal britânico The Guardian.
A poluição atmosférica é um problema de saúde global que mata mais pessoas que a malária e a Sida. Durante muitos anos foi associado a doenças respiratórias e cardíacas, estudo recentes vieram contudo admitir a possibilidade de estar também na origem de doenças degenerativas do cérebro, como o Alzheimer’s e outros patologias mentais.
O estudo publicado pela Academia Nacional de Ciências britânica, encontrou em abundância partículas de magnetite, mineral magnético formado pelos óxidos de ferro.
"Estamos a falar de milhões de partículas magnéticas por casa grama de amostra cerebral analisada, é extraordinário!", realçou Barbara Mahler.
Outros cientistas contactados pelo The Guardian consideraram que este novo estudo mostra com clara evidência que a maioria das partículas magnéticas encontradas nas amostras cerebrais analisadas são provenientes do ar poluído. Quanto à sua ligação com a doença de Alzheimer, muitos consideram-na ainda especulativa.