O resultado do plebiscisto "enche-nos de entuasiasmo, torna-nos mais empenhados, porque há várias formas de os ler [os resultados] e temos de os analizar para ver o que é que precisa de ser arranjado", disse Rodrigo Londoño, mais conhecido por Timoleon "Timochenko" Jiménez, numa entrevista a partir de Havana, a cidade onde decorreram, nos últimos quatro anos, as negociações de paz.
O "não" ao acordo de paz assinado entre as FARC e o governo do presidente Juan Manuel Santos ganhou o plebiscito de domingo com 50,21 por cento dos votos, numa consulta em que a abstenção superou os 62% do eleitorado.
O histórico acordo, assinado na segunda-feira passada em Cartagena por Juan Manuel Santos e pelo comandante supremo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Rodrigo Londoño, prevê, entre mais de 150 pontos, prazos e locais para o desarmamento das guerrilhas.
Apesar de a constituição colombiana não exigir uma consulta ao eleitorado colombiano, o Presidente insistiu num plebiscito, que classificou como "provavelmente a decisão de voto mais importante" que cada um dos colombianos teria de tomar em toda a sua vida.
A pergunta colocada aos colombianos foi: "Apoia o acordo final para o fim do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura?".
Lusa