"Chegou o momento do Conselho de Segurança fazer algo concreto. Basta de retórica", disse o embaixador da Venezuela junto da ONU, Rafael Ramírez, cujo país foi um dos impulsionadores do encontro com carácter informal.
Na reunião, além de reiteraram a condenação ao aumento dos colonatos, os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU ouviram várias organizações não-governamentais que fizeram duras críticas à política israelita nos territórios ocupados.
Todos os membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram a política de colonatos israelitas, incluindo os Estados Unidos, tradicional aliado de Israel, mas, em geral, evitaram referir-se abertamente a uma possível ação a curto prazo.
O representante adjunto norte-americano David Pressman chamou a atenção para o aumento das demolições de casas palestinianas e denunciou que as ações israelitas estão a criar uma "realidade de um Estado".
A mensagem do Conselho de Segurança da ONU está em linha com a expressada em julho pelo Quarteto para o Médio Oriente (composto pela ONU, Estados Unidos, Rússia e União Europeia), que apelou a Israel para parar a expansão da construção na Cisjordânia e a este de Jerusalém.
Espanha considerou que os "colonatos são ilegais" e um "obstáculo à paz".
Segundo a imprensa israelita, o Governo de Israel teme que a Administração de Barack Obama aproveite o lapso de tempo entre as eleições de novembro e 20 de janeiro, quando conclui o seu mandato, para levar o Conselho de Segurança da ONU a tomar uma posição sobre o conflito no Médio Oriente.
Nos últimos meses, Washington tem endurecido o tom em relação aos colonatos e este mês criticou os planos de Israel para construir 300 novas habitações.
Lusa