Francisco dedicou a audiência geral na praça de São Pedro a uma das obras de misericórdia, a realizar durante o Jubileu, o acolhimento dos migrantes.
"A história da humanidade é uma história de migrações, e não existe povo que não tenha conhecido este fenómeno", afirmou, recorrendo ao exemplo de Abraão, Moisés e de "Jesus, Maria e José, forçados a emigrar sob a ameaça de Herodes".
Francisco denunciou "a falta de memória histórica faz pensar que [as migrações] só acontecem nestes anos".
"O compromisso dos cristãos é urgente. Todos temos o dever de acolher o irmão que foge da guerra, da fome ou da violência e somos chamados a sair ao encontro de quem sofre para lhe dar o abraço e a misericórdia de Deus", reiterou.
Para Jorge Bergoglio, o contexto da crise económica favorece "comportamentos de encerramento e não acolhimento", lembrando que "em várias partes do mundo surgem muros e barreiras".
"Talvez construir muros faça mais ruído do que a ação discreta de quem ajuda e presta assistência aos migrantes e refugiados, mas fechar-se não é a solução, só ajuda os tráficos criminosos", sublinhou.
"A única resposta é a solidariedade", afirmou Francisco.