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Media oficiais sírios acusam rebelde de usarem "gás tóxico" em Alepo

Os media oficiais sírios acusaram este domingo os grupos rebeldes de usarem "gás tóxico" na sua ofensiva na periferia oeste de Alepo, relatando 35 casos de asfixia no bairro de Hamdaniyé.

Media oficiais sírios acusam rebelde de usarem "gás tóxico" em Alepo
© Ammar Abdullah / Reuters

O diretor do hospital universitário de Alepo, Ibrahim Hadid, confirmou, em declarações à televisão pública síria, 36 casos de asfixia "de civis e militares", acusando os grupos rebeldes de "terroristas".

Uma coligação de rebeldes islamitas e jihadistas lançou na sexta-feira uma grande ofensiva na periferia oeste de Alepo para acabar com o cerco imposto pelo regime de Bashar al-Assad.

"Os grupos terroristas têm como alvo a área residencial de Hamdaniyé" e estão a utilizar "gás tóxico", disse a agência de notícias oficial Sana, segundo a qual 35 pessoas sofreram lesões, "pasmos musculares" e "dilatação da pupila" devido à inalação do gás.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos confirmou os "casos de asfixia nas fileiras das forças do regime nas zonas de Hamdaniyé e Dahiyet al-Assad".

No início de outubro, o Conselho de segurança da ONU recebeu um relatório confidencial que concluía que o exército da Síria tinha realizado três ataques químicos em 2014 e 2015, utilizando gás de cloro.

Os jihadistas do Daesh também foram acusados de ter utilizado gás mostarda em Marea (província de Alepo, ao norte da Síria), em 21 de agosto de 2015.

As hostilidades intensificaram-se em Alepo desde o passado fim de semana, depois de uma pausa de quatro dias declarada pela Rússia e pelo Governo de Damasco.

Com Lusa