"Outro ano, outro recorde", declarou o secretário-geral da WMO, Petteri Taalas, num comunicado em Marraquexe, Marrocos, onde quase 200 representantes de países debatem formas de abrandar as alterações climáticas.
Até agora, este ano está a ser o mais quente desde que começaram os registos, no fim do Século XIX, com temperaturas em média mais altas em 1,2ºC do que na era pré-industrial.
"O calor extra originado pelo El Niño desapareceu. O calor do aquecimento global vai continuar", alertou o finlandês que dirige a agência das Nações Unidas para o clima.
De acordo com os últimos dados, a superfície de gelo do Ártico alcançou durante o verão boreal, a 10 de setembro, a segunda mais pequena extensão de sempre, desde que começaram a ser realizados registos por satélite, há 37 anos.
O acordo de Paris, apoiado por quase 200 países (entre eles os EUA) mas rejeitado por Donal Trump tem como um dos principais objetivos limitar a subida das temperaturas para muito abaixo dos 2ºC.
Segundo a Agência da ONU para os Refugiados, 19,2 milhões de pessoas foram este ano deslocadas devido a fenómenos relacionados com o clima - mais de duas vezes mais do que por questões bélicas ou de violência.
