Mundo

Guia de sobrevivência para viver na América de Trump

À medida que os Estados Unidos - e o mundo - vão acordando para uma nova ordem, aquela que será a administração de Trump prepara-se para pôr em prática algumas das mudanças que propagandeou durante a campanha. Mas como viver num país com Donald Trump ao leme? Um documento criado no Google logo após a eleição propôs-se a responder a esta questão. Teve tanta procura que, alguns dias depois, transformou-se num site com uma espécie de "guia de sobrevivência" para o país de Trump.

Guia de sobrevivência para viver na América de Trump
© Carlo Allegri / Reuters

Chama-se "Oh Crap! What Now? Survival Guide" e está dividido em várias secções, com conselhos sobre assuntos de saúde, jurídicos, de segurança e outros, para a "era Trump".

"Esta é uma tentativa de começar a juntar informação sobre as preocupações comuns, à medida que vamos tentando descobrir o que é que vai acontecer e/ou mudar neste novo velho mundo. O que Trump disse que queria não será necessariamente o que ele fará, mas podemos adivinhar algumas coisas", lê-se na mensagem de boas-vindas.

O guia foi iniciado pela nova-iorquina Ariel Federow, enquanto mulher lésbica, para olhar para os problemas das minorias.

"Queria que fosse um sítio para o qual as pessoas trouxessem toda a sabedoria sobre como sobreviver num ambiente hostil. Informação é sagurança e informação pode ser poder e não podemos confiar nos canais oficiais para tomar conta de nós, especialmente se não formos brancos, se formos imigrantes, se formos pobres", explica.

O guia funciona em crowdsourcing (colaboração coletiva) e começou como uma humilde lista de conselhos, links e fontes sobre variados temas relacionados com o casamento entre pessoas do mesmo sexo, direitos dos transgénero, acesso ao aborto e à saúde reprodutiva, entre outros. Na quinta-feira publicou o link na sua página de Facebook e poucas horas depois já tinha mais de cem visitantes - o máximo que um documento no Google suporta. Os leitores foram acrescentando informação sobre sáude mental, doenças crónicas ou assuntos sobre imigração e a "humilde lista" passou a site.