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Turquia readmite mais de 6.000 professores afastados após tentativa de golpe

As autoridades turcas readmitiram mais de 6.000 professores suspensos após a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho, anunciou o Ministério da Educação turco.

Turquia readmite mais de 6.000 professores afastados após tentativa de golpe
© Alkis Konstantinidis / Reuter

No total, 6.007 professores que tinham sido suspensos por "suspeitas de ligações a organizações terroristas foram reintegrados", informou o Ministério na sua conta no Twitter.

Os inquéritos abertos "continuam em curso", precisa contudo o ministério.

É a primeira vez que as autoridades anunciam a reintegração de funcionários afastados após o golpe contra o presidente, Recep Tayyip Erdogan.

Após a tentativa de golpe, a Turquia declarou o estado de emergência e desencadeou uma vaga de repressão que envolveu a detenção, despedimento ou suspensão de mais de 100.000 funcionários, com especial ênfase no exército e polícia, educação, justiça e saúde.

Os visados são suspeitos de ligação a "organizações terroristas", expressão que Ancara usa para se referir à organização do pregador Fethullah Gülen, acusado de instigar o golpe falhado mas que nega qualquer implicação, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou o grupo extremista Estado Islâmico.

A amplitude da purga suscitou preocupação nos parceiros ocidentais da Turquia, para os quais o estado de emergência pode estar a ser utilizado como pretexto para reprimir opositores.

Lusa