A 31 de março de 2015, um barco abandonado foi encontrado nas águas do Sul da Florida. O barco estava à deriva no Lago Worth Inlet e a bordo foram encontrados vários vestígios de sangue. Os investigadores encontraram também um par de óculos partidos. Segundo os relatórios, o barco tinha sido alugado por Richard Winsor Ohrn.
A descoberta destes itens levou a Guarda Costeira a começar as buscas por Ohrn. Uma busca que se estendeu durante dias e custou mais de um milhão de euros. As autoridades norte-americanas usaram múltiplos recursos aéreos e marítimos na tentativa de encontrar o homem. Contudo, não conseguiram.
Ohrn voltou a aparecer a 12 de abril de 2015, em Palm Beach. De acordo com a investigação levada a cabo, o homem passou esses dias num apartamento sem móveis, em Albany, alugado em nome de um familiar.
Ohrn admitiu que que fingiu o seu desaparecimento, dizendo que "decidiu ir-se embora devido à sua ansiedade", segundo os documentos do acordo. O homem atracou um barco insuflável à outra embarcação, permitindo-lhe assim voltar à praia. Ele seguiu para Geórgia, voltando mais tarde à Florida.
Esta semana, Ohrn foi sentenciado a um ano de liberdade condicional por fingir a sua própria morte e terá ainda de pagar um milhão de dólares (cerca de 940 mil euros) em restituição. Ohrn declarou-se culpado por emitir uma falsa mensagem de socorro.
"As ações do senhor Ohrn são um resultado de várias crises pessoais", disse a sua advogada, num email enviado ao The Post. "Muitos de nós enfrentam tragédias pessoais que nós sentimos não estar capacitados para enfrentar. O senhor Ohrn estava a enfrentar várias dessas crises ao mesmo tempo."
Segundo o Sun-Sentinel, as crises devem-se a um passado de abusos, assim como a um presente com familiares doentes, assim como problemas financeiros.
