"A libertação de Alepo é uma componente importante de normalização plena na Síria e também, creio, na região em geral", disse Putin durante uma reunião com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, que o informou do fim da operação naquela cidade.
Vladimir Putin sublinhou que a operação militar em Alepo, em particular a parte humanitária, contou com a "participação direta, para não dizer decisiva, pelos militares russos.
Na reunião, Putin pediu ao ministro da Defesa para transmitir aos militares russos as suas felicitações e gratidão pelo trabalho feito na Síria.
Shoigu, por sua vez, salientou que as operações em Alepo foram conduzidas "em estreita colaboração com o Irão e a Síria".
"Agora, deve começar a próxima fase. No meu entender, estamos muito perto de chegar a um acordo para um cessar-fogo total no território da Síria", disse.
O titular da Defesa russo disse que a população civil começou a voltar "ativamente" a Alepo, acrescentando que especialistas russos e elementos locais estão a trabalhar no sentido de repor a eletricidade e água potável na cidade.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou hoje o fim da operação de retirada de civis e combatentes do leste da cidade síria de Alepo, de onde saíram 35.000 pessoas, segundo os seus registos.
A operação foi concluída esta noite e entre as pessoas retiradas há 100 feridos e doentes graves, segundo um comunicado do Comité Internacional da Cruz Vermelha.
Estas pessoas foram retiradas com a ajuda do Comité Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Sírio (SARC) e levadas para zonas rurais da província de Alepo.
O texto refere que a retirada, iniciada na quinta-feira, esteve bloqueada várias vezes devido às negociações entre as diferentes partes no terreno e que esteve ligada a uma operação similar nas localidades de Fua e Kefraya, na província vizinha de Idleb.
Um total de 1.200 pessoas destas localidades, a maioria mulheres, menores e idosos, foram retiradas "temporariamente" em direção a Alepo, indicou o Comité Internacional da Cruz Vermelha.
O Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho Sírio não participam nas negociações entre as partes, mas foi-lhes solicitado que atuassem como intermediários "humanitários neutros" para implementar o acordo de retirada.
Lusa