"Explorar o vasto cosmos, desenvolver a indústria espacial e converter a China num poder espacial é um sonho que perseguimos incessantemente", lê-se no livro branco divulgado por Pequim.
O documento, que detalha os planos espaciais do país para os próximos cinco anos, refere que o programa espacial chinês tem fins pacíficos e visa garantir a segurança nacional e realizar pesquisas científicas.
Pequim põe grande ênfase no desenvolvimento da sua indústria espacial, que considera um símbolo de desenvolvimento e afirmação no cenário internacional.
O objetivo do país, ainda que não mencionado no documento, é enviar um astronauta à Lua.
Enquanto a Rússia e os Estados Unidos têm mais experiência com viagens espaciais tripuladas, o programa chinês, suportado pelo exército do país, tem alcançado um rápido progresso.
A China realizou a sua primeira missão espacial tripulada em 2003. Uma década depois aterrou uma sonda na Lua.
No mês passado, dois astronautas chineses regressaram à Terra, após 30 dias no espaço, onde viveram e trabalharam no laboratório espacial Tiangong-2, na mais longa e sexta missão tripulada da China.
Pequim quer pôr uma tripulação permanente no espaço até 2022, que está prevista operar ao longo de pelo menos uma década.
O livro branco reitera os planos da China para colocar a sua primeira sonda em Marte, até 2020, visando explorar e trazer amostras do planeta Vermelho.
A missão visa também explorar o sistema de Júpiter e "conduzir pesquisas em questões científicas importantes, como a origem e evolução do sistema solar, e procurar vida extraterrestre".
Em 2018, a China quer também tornar-se o primeiro país a aterrar uma sonda no lado mais afastado da Lua.
O livro branco diz que aquela sonda, a "Chang'e-4", visa obter conhecimento sobre a formação e evolução da Lua.