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Moby oferece-se para atuar na posse de Trump se este divulgar declarações de impostos

O músico e DJ norte-americano Moby ofereceu-se para atuar na posse do Presidente eleito, Donald Trump, em Washington, se este divulgar as suas declarações de impostos, o que recusou fazer durante toda a campanha eleitoral.

Moby relatou que foi contactado por um agente para pôr música num dos bailes que decorrerão na capital norte-americana na noite de 20 de janeiro, data em que Trump presta juramento.
Moby relatou que foi contactado por um agente para pôr música num dos bailes que decorrerão na capital norte-americana na noite de 20 de janeiro, data em que Trump presta juramento.
© Mario Anzuoni / Reuters

Moby relatou que foi contactado por um agente para pôr música num dos bailes que decorrerão na capital norte-americana na noite de 20 de janeiro, data em que o multimilionário presta juramento e se torna o 45.º Presidente dos Estados Unidos.

Tratou-se de um convite bastante inusitado, já que são conhecidas as ideias de esquerda do artista, que apoiou a adversária de Trump, a democrata Hillary Clinton, durante a campanha presidencial.

"Hahahah, a sério? Acho que aceitarei pôr música num baile de investidura se, em troca, Trump divulgar as suas declarações de impostos", respondeu o músico no Instagram.

Donald Trump, magnata do imobiliário que dirige um gigantesco império com ramificações por vezes opacas, foi o primeiro candidato à Casa Branca em décadas a recusar-se a tornar públicas as suas declarações de impostos, apesar dos incessantes apelos dos seus adversários democratas -- mas isso não o impediu de ser eleito.

No entanto, mesmo que Trump aceitasse a condição imposta por Moby, o que parece muito improvável, não apreciaria certamente a lista de músicas que o artista tencionava passar: ele enviou à revista Billboard a sua 'playlist' para um eventual baile de investidura e esta estava cheia de hinos políticos e 'slogans' reivindicativos.

O cantor nova-iorquino tinha publicado uma acalorada carta na Billboard após a eleição de Donald Trump, chamando-lhe "racista e misógino" e afirmando que, na sua opinião, ele "será o pior Presidente que o país alguma vez teve".

A equipa do multimilionário está a ter, aparentemente, dificuldades em encontrar artistas de primeiro plano que aceitem atuar em Washington no dia da sua tomada de posse.

As festas que se realizam na noite da cerimónia em toda a cidade são, no entanto, organizadas por entidades independentes.

Lusa