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Líder da extrema-direita francesa afirma que Europa vai despertar em 2017

A líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen disse este sábado que a Europa "vai despertar" durante 2017, ano de eleições em vários países da União Europeia (UE).

Líder da extrema-direita francesa afirma que Europa vai despertar em 2017
© Wolfgang Rattay / Reuters

A candidata às eleições presidenciais francesas deste ano e líder da Frente Nacional falava durante um congresso de forças europeias populistas e de extrema-direita a decorrer hoje em Koblenz, na região oeste da Alemanha.

Com o resultado surpresa do 'Brexit' (como ficou conhecida a saída do Reino Unido da UE após um referendo) e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, "2016 foi o ano em que o mundo anglo-saxónico acordou. 2017 será, tenho a certeza, o ano do despertar dos povos da Europa continental", declarou Marine Le Pen, durante o encontro dos partidos (eurocéticos e de extrema-direita) membros do grupo político Europa das Nações e da Liberdade (ENL) do Parlamento Europeu.

"Agora é preciso passar à próxima etapa, a etapa em que não nos vamos contentar mais em ser uma minoria no Parlamento, a etapa em que estaremos em maioria nas sondagens em cada eleição", afirmou a líder da Frente Nacional, aclamada por centenas de pessoas presentes na reunião.

A par do seu triunfo nas eleições presidenciais francesas, previstas para a primavera, Marine Le Pen desejou as vitórias da Alternativa para a Alemanha (partido de direita populista, AfD) de Frauke Petry nas legislativas de 24 de setembro e do Partido para a Liberdade (PVV) do holandês anti-Islão Geert Wilders no escrutínio agendado para março."Estes sucessos poderão mudar o rosto da Europa, se chegarmos ao poder em cada país da União, vamos poder organizar em concertação um abandono fundamentado do antigo mundo", frisou.

No seu discurso, Marine Le Pen reiterou as críticas a dois dos seus alvos preferidos: o euro que "amarra" os Estados-membros e a "tirania" da UE e das suas elites.Também criticou a chanceler alemã, Angela Merkel, e a sua política de acolhimento de requerentes de asilo, "uma catástrofe diária" que levou à chegada desde 2015 de mais de um milhão de migrantes ao território alemão.

Neste congresso também estão representantes do partido italiano Liga Norte e do austríaco Partido da Liberdade.Este encontro das forças europeias populistas e de extrema-direita acontece um dia depois da tomada de posse de Donald Trump como 45º Presidente dos Estados Unidos, cuja campanha eleitoral com uma componente populista o conduziu, contra a maioria das previsões, à Casa Branca.

Lusa