Empunhando cartazes em que se lia "eleições já", os manifestantes desfilaram na autoestrada Francisco Fajardo, impedindo a circulação de viaturas entre as zonas leste e oeste de Caracas.
O protesto realizou-se um dia depois de a oposição acusar o Governo de tentar impedir o acesso às suas iniciativas de rua, de usar as forças de segurança para intimidar a população e anunciar que passaria a realizar as suas iniciativas sem informar previamente as autoridades.
No protesto de hoje estiveram presentes o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski, o vice-presidente da Assembleia Nacional, Freddy Guevara e vários dirigentes da Mesa de Unidade Democrática (MUD, aliança da oposição), que detém a maioria no parlamento. "A Venezuela está num momento crítico, um momento em que as pessoas, devido à crise estão muito frustradas.
O nosso desafio é conseguir que as pessoas não percam a esperança, não deixar que nos roubem a esperança. Cada venezuelano sabe o que tem que fazer e eu peço-lhes que façam o que têm que fazer e que é defender os seus direitos", disse Henrique Capriles Radonski aos jornalistas.
Segundo Gabriela Arellano, do partido Vontade Popular, "na rua, com a pressão de um povo organizado a oposição conseguirá a liberdade para a Venezuela e isso passa por eleições".
A oposição insiste que se o Conselho Nacional Eleitoral não divulgar as datas para as eleições regionais (que deveriam ter-se realizado em 2016), as mesmas poderão não realizar-se.Milhares de venezuelanos marcharam segunda-feira em várias cidades do país para exigir a realização de eleições, tendo nalgumas localidades os manifestantes sido reprimidos pela polícia, impedindo-os, designadamente, de se aproximarem das sedes da CNE.
Lusa