Hiroshi Mikitani, diretor-geral da multinacional japonesa Rakuten -- proprietária da Viber -- manifestou hoje na rede social Twitter a sua tristeza pela ordem executiva assinada pelo Presidente norte-americano, deplorando a "discriminação de seres humanos com base na religião ou nacionalidade".
Mikitani converte-se no primeiro grande executivo nipónico a criticar abertamente as medidas adotadas pelo Presidente norte-americano.
"A Viber, do grupo Rakuten, anunciará amanhã chamadas internacionais gratuitas a partir dos Estados Unidos para todos os países vetados", escreveu o executivo no Twitter.
A empresa de mensagens, adquirida pela Rakuten em fevereiro de 2014, permite realizar chamadas telefónicas e enviar mensagens de texto gratuitas aos utilizadores que tenham instalada a aplicação.
O anúncio inclui ainda chamadas telefónicas gratuitas entre utilizadores da aplicação nos Estados Unidos e linhas de telefone fixo nos países vetados por Donald Trump, explicou à agência EFE um porta-voz da Rakuten.
Donald Trump assinou na passada sexta-feira um decreto polémico que suspende a entrada a todos os refugiados durante 120 dias e a concessão durante 90 dias de vistos a sete países de maioria muçulmana - Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Iémen e Irão - até que se estabeleçam novos mecanismos de segurança.
"Comprometemo-nos a apoiar os nossos empregados muçulmanos, como companhia e também pessoalmente (...). Estou mesmo a chorar agora", acrescentou Mikitani no Twitter.
A Rakuten, uma empresa de comércio eletrónico japonesa fundada em 1997 e futura patrocinadora do clube espanhol FC Barcelona, é atualmente uma das maiores empresas de serviços de internet do mundo.
Lusa