Francisco invocou a santa Josefina Bakhita, uma religiosa sudanesa com nacionalidade italiana, que foi protetora dos "imigrantes, dos desterrados, dos explorados" e depois nomeou os "rohingya, expulsos de Myanmar [Notes:Birmânia] ", de acordo com a agência Efe.
"Vão de um sítio para o outro porque não os querem. São bons. Não são cristãos. São gente pacífica. São nossos irmãos e irmãs e desde há anos que sofrem, são torturados, assassinados, simplesmente por manterem a sua fé muçulmana", afirmou o papa.
Jorge Bergoglio pediu que a memória daquela santa ajude os jovens a "prestar atenção aos contemporâneos menos afortunados e que atravessam dificuldades".
O exemplo de Josefina Bakhita, que também foi uma vítima do tráfico de pessoas, serviu ao papa para recordar que hoje se celebra a Jornada de Oração e de Reflexão contra os maus tratos das pessoas, "que este ano é dedicada particularmente às crianças e adolescentes".
O Papa apelou ainda: "aqueles que tenham responsabilidades de governo combatam com decisão esta praga, dando voz aos irmãos mais pequenos, humilhados na sua dignidade".