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Relatório toxicológico sobre corpo de Kim Jong-nam pode demorar duas semanas

As autoridades sanitárias da Malásia avisaram hoje que o relatório toxicológico sobre o corpo do meio-irmão do líder da Coreia do Norte, assassinado em Kuala Lumpur, poderá demorar duas semanas.

Relatório toxicológico sobre corpo de Kim Jong-nam pode demorar duas semanas
© KYODO Kyodo / Reuters

"Normalmente demora duas semanas descobrir a causa da morte... Até que encontremos algo conclusivo não poderemos divulgar o relatório", disse o ministro da Saúde malaio, S. Subramaniam, citado pela agência France-Presse.


O meio-irmão de Kim Jong-il, Kim Jong-nam, morreu na segunda-feira após ser atingido na cara com um líquido não identificado no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, quando se preparava para viajar para Macau.


Já hoje, a polícia da Malásia anunciou ter detido um homem norte-coreano, a quarta pessoa a ser detida em relação ao homicídio de Kim Jong-nam.


O homem tinha documentação malaia emitida para trabalhadores estrangeiros, que o identificava como Ri Jong Chol, cidadão norte-coreano de 46 anos, e foi detido na sexta-feira à noite, de acordo com um comunicado da polícia.


Ri é o primeiro norte-coreano a ser detido por ligações ao caso, após detetives terem detido uma mulher indonésia de 25 anos, Siti Aishah, e o seu namorado malaio, juntamente com uma mulher que transportava um passaporte vietnamita que a identificava como Doan Thi Huong, de 28 anos.


Os 'media' da Coreia do Norte permanecem em silêncio em relação à morte de Kim Jong-nam no aeroporto de Kuala Lumpur na segunda-feira, que Seul atribuiu a Pyongyang.


A Malásia realizou, entretanto, uma segunda autópsia ao corpo, já que a primeira foi considerada inconclusiva.
A realização do segundo procedimento desagradou à Coreia do Norte, que prometeu rejeitar todos os resultados e exigiu que o corpo lhe seja imediatamente entregue. Em declarações aos jornalistas à saída da morgue na sexta-feira, o embaixador norte-coreano disse que os dirigentes malaios podem estar a "tentar esconder algo" e "em conluio com forças hostis".


Um dirigente malaio próximo da investigação, que pediu anonimato, confirmou que a segunda autópsia começou na sexta-feira à noite e que os resultados da primeira foram inconclusivos.