O jornal refere que Kerry devia testemunhar sobre o chamado "caso 1000", em que Netanyahu é investigado por supostamente favorecer o empresário israelita Arnon Milchen a troco de prendas de elevado valor.
Segundo os investigadores, o primeiro-ministro intercedeu a favor do empresário e pediu a Kerry que os Estados Unidos lhe renovassem o visto de entrada no país por um período de 10 anos.
A polícia israelita também quis interrogar o ex-embaixador norte-americano em Telavive Dan Shapira sobre pormenores ligados à investigação.
ontudo, os titulares do processo entenderam que interrogar estes ex-altos representantes dos Estados Unidos era uma questão "demasiado sensível", decidindo prosseguir o inquérito sem necessidade de, para já, obter os depoimentos em causa.
Em 2013, Milchen viu restringido o seu acesso aos Estados Unidos, onde tem parte dos seus negócios, depois de confessar, numa entrevista a uma jornalista, que havia colaborado e ajudado o programa nuclear israelita.
Desde então, os Estados Unidos não renovam o visto a Milchen por um período superior a um ano.
Durante um dos seus interrogatórios, a que foi submetido nos últimos meses, Netanyahu confirmou ter intercedido a favor do empresário, mas negou que em troca ele e a mulher tivessem recebido presentes caros.
Apesar da decisão agora tomada, a polícia não descarta a possibilidade de ouvir Kerry e Shapira se no decurso das investigações isso se reveçar imprescindível.
Lusa