Mundo

Coreia do Norte lança mais quatro mísseis

A Coreia do Norte lançou quatro mísseis, esta madrugada, que caíram no Mar do Japão. Seul, Washington e Tóquio já condenaram o lançamento e estão a coordenar posições.

Coreia do Norte lança mais quatro mísseis
JEON HYUN-KYUN

Os quatro mísseis lançados hoje pela Coreia do Norte a partir da sua costa voaram cerca de 1.000 quilómetros. Três caíram na Zona Económica Especial do Japão - espaço que se estende a cerca de 370 quilómetros desde as costas nipónicas - perto do litoral de Akita. O outro terá caido ao largo da costa da Coreia do Sul.

O ensaio contribui para aumentar ainda mais a tensão na península coreana, onde na semana passada Washington e Seul iniciaram as suas manobras militares anuais, as maiores até à data.

Depois do míssil de médio alcance lançado a 12 de fevereiro, o lançamento de hoje é o segundo ensaio balístico que a Coreia do Norte realiza desde que o seu líder, Kim Jong-un, anunciou no início do ano que Pyongyang estava a ultimar o desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), arma que poderia permitir-lhe no futuro alcançar o território dos Estados Unidos.

Representantes dos governos da Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão coordenaram posições a propósito do lançamento dos mísseis.

O responsável do Escitório de Segurança Nacional de Seul, Kim Kwan-jin, manteve uma conversa telefónica com o conselheiro nacional de segurança norte-americano, Herbert R. McMaster, na qual ambos acordaram aumentar a pressão e as sanções sobre Pyongyang, segundo porta-vozes do governo sul-coreano citados pela agência Yonhap.

O ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, Yun Byung-se, e o seu homólogo japonês, Fumio Kishida, também acordaram por via telefónica reforçar a cooperação entre Seul e Tóquio para parar o que consideram provocações do regime de Kim Jong-un.

Por sua vez, o representante de Seul nas negociações para a desnuclearização da península coreana, Kim Hong-kyun, falou ao telefone com os seus homólogos norte-americano, Joseph Yun, e japonês, Kenji Kanasugi.

Com Lusa