Os opositores à pena de morte denunciam as execuções "em série" baseadas num motivo tão absurdo quanto prosaico.
Os oito condenados passaram em média 10 anos no corredor da morte.
Conforme um decreto assinado pelo governador republicano do Arkansas, Asa Hutchinson, os prisioneiros serão executados da seguinte forma: dois a 17 de abril, dois a 20 de abril, dois a 24 de abril e dois a 27 de abril.
De acordo com os dados do Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC), nenhum estado norte-americano conduziu oito execuções em 10 dias desde que o Supremo Tribunal dos EUa restabeleceu a pena de morte em 1976.
Programar uma dupla execução no mesmo dia é "atípico", sublinha o DPIC.
O paradoxo é ainda maior uma vez que o Arkansas não executa nenhum condenado desde 2005.
Este precipitar de acontecimentos deve-se ao facto de o Supremo Tribunal ter rejeitado examinar o protocolo da injeção letal utilizado pelas autoridades do Arkansas, de forma a autorizá-lo.
Este protocolo associa três produtos em que o primeiro - midazolam - é extremamente controverso. É um ansiolítico que deveria ter um efeito anestesiante mas não o suficiente pelo que o condenado sente dor.