O MP, num comunicado citado pela agência EFE, indica que está a tentar identificar os restos mortais de 15 pessoas "que até agora foram encontrados nas instalações de uma cavalariça dentro da Penitenciária Geral da Venezuela", uma prisão encerrada pelo Governo de Nicolás Maduro há mais de quatro meses.
"Foram encontrados doze corpos com os respetivos crânios e partes dos corpos de outras três pessoas, cujos crânios não foram localizados (...). Pressupõe-se a existência de mais cadáveres naquele local", refere o MP.
O MP assinala que está a levar a cabo ações de monitorização, deteção e localização na antiga prisão, com o apoio do Ministério para o Serviço Penitenciário, uma pasta criada em 2011 pelo então presidente venezuelano Hugo Chávez, que reconheceu os graves problemas das prisões do país.
Além disso, o MP explica que está à procura de um "inventário ósseo" no local, para determinar a quem pertence cada osso, e nomeou procuradores "para auxiliarem no processamento de denúncias relacionadas com o desaparecimento de presos na Penitenciaria Geral da Venezuela".
Esta antiga prisão foi durante anos uma das mais violentas e perigosas do país, liderada por prisioneiros fortemente armados que mantinham o controlo recorrendo a tortura e à cobrança de impostos aos outros detidos.
As autoridades venezuelanas afirmam que mais de 90% das prisões do país foram pacificadas e preveem alcançar os 100% antes de 2020.
Sete prisões, as mais perigosas e com maior população do país, continuam controladas por prisioneiros armados que operam de dentro dos estabelecimentos prisionais no tráfico de armas e drogas, extorsão e sequestro.
Lusa