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Deputado ucraniano divulgou documentos que ligam diretor de campanha de Trump a pagamentos pró-russos

Um deputado ucraniano divulgou esta terça-feira um documento que, assegurou, liga o antigo diretor de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, a tentativas de esconder um pagamento de 750 mil dólares (694 mil euros) feito por um partido pró-russo.

Serhiy Leshchenko publicou um recibo, de 2009, alegadamente assinado por Manafort, relativo ao pagamento de 750 mil dólares por 501 computadores a uma empresa designada Davis Manafort.

O dinheiro veio de uma empresa offshore registada no Belize, através de um banco do Quirguistão, uma república da Ásia Central.

Leshchenko disse que o contrato era uma capa para fazer pagamentos a Manafort pelo trabalho que desenvolveu a favor do Partido das Regiões ucraniano, que apoiava o antigo Presidente da Ucrânia e amigo da Federação Russa, Viktor Ianukovitch, que fugiu do país no seguimento de protestos antigovernamentais em 2014.

A Associated Press foi incapaz de verificar independentemente a autenticidade do documento. Jason Maloni, um porta-voz de Manafort, rejeitou as alegações por "falta de base" e disse que deveriam ser "rejeitadas liminarmente".

Manafort saiu da direção da campanha eleitoral de Trump em agosto, depois de revelações sobre o seu trabalho para Viktor Ianukovitch. Ele é agora um dos colaboradores de Trump sob escrutínio por possíveis contactos com russos durante a campanha eleitoral norte-americana em 2016.

O seu nome foi pronunciado várias vezes, na segunda-feira, durante a audição parlamentar que está a decorrer na comissão das Informações da Câmara dos Representantes sobre o assunto.

Lusa