A administração de Trump deu luz verde à operadora TransCanada para começar a construção deste polémico oleoduto entre os Estados Unidos e o Canadá, que tinha sido rejeitado pelo anterior Presidente norte-americano Barack Obama.
"É um grande dia para o emprego americano e um momento histórico para a América do Norte e para a independência energética", afirmou Donald Trump, sem mencionar a vertente ambiental que levou Obama a bloquear este projeto.
"É muito mais seguro ter oleodutos que outras formas de transporte", acrescentou o chefe de Estado a partir da Sala Oval (gabinete presidencial), lamentando que este investimento tivesse sido adiado "por muito tempo".
Num relatório publicado há dois anos, o Departamento de Estado norte-americano anteviu que este oleoduto levaria à criação de 42 mil postos de trabalho diretos e indiretos durante a sua construção e 50 empregos permanentes quando estivesse em pleno funcionamento. Durante a campanha eleitoral das presidenciais americanas, uma das promessas de Trump foi o relançamento do projeto Keystone XL.
Com uma extensão de 1.900 quilómetros, dos quais 1.400 nos Estados Unidos e os restantes no Canadá, o Keystone XL visa transportar petróleo bruto extraído das areias betuminosas de Alberta, no oeste do Canadá, para o Estado do Nebraska, no centro dos Estados Unidos, de onde será enviado para as refinarias americanas no golfo do México.
A autorização da administração Trump acontece quase 10 anos depois do primeiro pedido de construção e de licenciamento do oleoduto. Após diversos relatórios e vários anos de adiamentos, o democrata Barack Obama rejeitou, em finais de 2015, o projeto Keystone XL e provocou a irritação do Partido Republicano americano.
O então Presidente norte-americano considerou que o projeto não era do interesse nacional do país e que enfraquecia a liderança americana na luta contra as alterações climáticas.
"Transportar mais petróleo bruto pelo nosso país não fortalece a segurança energética dos Estados Unidos", justificou então.
Três semanas antes da cimeira da ONU do Clima de Paris (COP21), em finais de 2015, Obama salientou que este projeto iria enfraquecer a "liderança" americana nas questões climáticas.
Lusa