Num comunicado, o primeiro-ministro malaio, Najib Razak, adiantou que vão regressar ao seu país os nove cidadãos da Malásia retidos pelas autoridades norte-coreanas em Pyongyang desde o início da querela diplomática sobre a morte de Kim Jong-nam."(...) após a conclusão da autópsia do morto e o recebimento de uma carta da sua família pedindo que os restos fossem devolvidos à Coreia do Norte, o médico legista aprovou a libertação do corpo", lê-se no comunicado.
A morte de Kim Jong-nam desencadeou uma disputa diplomática entre a Malásia e a Coreia do Norte.
Pyongyang contestou a afirmação das autoridades malaias de que a vítima de homicídio por envenenamento com o agente nervoso VX no aeroporto de Kuala Lumpur realizado por duas mulheres no passado dia 13 de fevereiro era o meio-irmão do líder coreano Kim Jong-nam, insistindo tratar-se do cidadão Kim Chol, cuja morte se deveria a um ataque cardíaco.
A Coreia do Norte acusou ainda as autoridades malaias de conspirarem contra o país, juntamente com a Coreia do Sul e com os Estados Unidos.
Kim Jong-nam nasceu em 1971 da relação entre o antigo líder norte-coreano Kim Jong-il e a atriz Song Hye-rim.
Chegou a ser considerado como o melhor posicionado para suceder ao pai, mas caiu em desgraça em 2001, depois de ser detido no Japão com um passaporte dominicano.
Nos últimos anos viveu exilado na China e em 2012 atraiu as atenções pelas suas críticas a Pyongyang e ao sistema de sucessão do poder norte-coreano.
Lusa