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Autoridades turcas demitem mais 45 juízes e procuradores

As autoridades turcas demitiram esta segunda-feira mais 45 juízes e procuradores, no que foi o episódio mais recente da purga realizada no setor da justiça desde o golpe de Estado falhado, em julho, noticiou a imprensa estatal.

Desde 15 de julho, pelo menos 113 mil pessoas foram proibidas de exercer, demitidas de funções públicas e detidas devido a alegados laços com o grupo acusado de ter procurado derrubar o presidente Recep Tayyip Erdogan.

O clérigo muçulmano Fethullah Gulen, instalado há muito nos EUA, é acusado de ter fomentado o golpe, o que ele nega. Segundo o diário Hurriyet, mais de quatro mil procuradores e juízes foram demitidos desde julho, devido aos seus alegados envolvimentos com a designada pelas autoridades "organização terrorista Fethullah".

Entre as novas pessoas suspensas pelo Conselho Supremo dos Juízes e Procuradores estão os três juízes que tinham ordenado da libertação de 21 suspeitos num processo sobre a "estrutura mediática" de Gulen, na semana passada, indicou a agência noticiosa oficial turca Anadolu.

Vinte e nove suspeitos, entre os quais o cantor popular Atilla Tas, estão a ser julgados atualmente, acusados de integrarem um grupo terrorista armado, ainda segundo o Hurriyet.

Entre estes suspeitos, estão vários jornalistas de vários meios de comunicação, e um homem acusado de utilizar uma conta na rede social Twitter com o pseudónimo Fuat Avni.

Esta conta tinha revelado informações prejudiciais sobre o círculo do presidente Erdogan.

Lusa