O porta-voz do ministério, Bahran Qasemi, afirmou que o governo iraniano considera "perigoso, destrutivo e uma violação perentória dos princípios da lei internacional" a utilização desta desculpa para tomar medidas unilaterais.
"A República Islâmica do Irão, enquanto maior vítima de armas químicas na história contemporânea, condena energicamente qualquer uso destas armas, independentemente dos autores e das vítimas", afirmou ainda o porta-voz, numa referencia ao ataque de terça-feira, atribuido as autoridades sírias que, no entanto, negaram categoricamente ter usado armas químicas.
O Irão é, a par da Rússia, o principal aliado do Presidente sírio, Bashar al Assad, e desde o início do conflito tem contestado a intenção dos Estados Unidos e restante comunidade internacional, Turquia ou Arábia Saudita o afastarem do poder, em resultado de uma qualquer solução política do conflito.
Os Estados Unidos lançaram esta madrugada um ataque com 59 mísseis de cruzeiro contra a base aérea de Shayrat, de onde terão partido os aviões envolvidos no ataque com armas químicas que na terça-feira matou pelo menos 86 pessoas em Khan Sheikhun, no noroeste do país.
Na versão do regime de Bashar al-Assad, o ataque atingiu um depósito de armas químicas da Frente Al-Nosra, contrabandeadas para a província de Idleb a partir da fronteira com o Iraque e a Turquia, e que foram escondidas em zonas residenciais da zona.
Em resposta ao ataque de hoje, a Rússia já anunciou o reforço das defesas antiaéreas da base e pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Lusa