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Autoridades francesas levam migrantes para centros de acolhimento após incêndio em campo

As autoridades francesas comprometeram-se esta quarta-feira a levar para centros de acolhimento os migrantes que ficaram sem abrigo depois do incêndio, no final da noite de segunda-feira, num campo em Grande-Synthe, no norte da França.

Autoridades francesas levam migrantes para centros de acolhimento após incêndio em campo
© Pascal Rossignol / Reuters

Esta quarta-feira, o primeiro autocarro saiu da cidade de Grande-Synthe em direção aos centros de acolhimento e orientação (CAO), que também ficam no norte do país, com 29 migrantes do campo destruído de Linière, que segundo as autoridades abrigava 1.400 pessoas no total.

O campo de Linière, que era improvisado e foi construído pelos Médicos Sem Fronteiras, ficava perto do porto de Dunquerque e 40 quilómetros a leste da cidade de Calais.

Esta quarta-feira foi colocada em marcha uma operação análoga, mas mais reduzida e improvisada, àquela realizada no final de outubro para encaminhar aos CAO cerca de 6.000 migrantes que viviam no campo de Calais, conhecido como "Selva", que já foi desmantelado.

Três quartos das casas de madeira do acampamento de Linière foram reduzidos a cinzas pelo incêndio. No mês passado, as autoridades francesas tinham anunciado que o campo ia ser desmantelado por causa dos conflitos entre migrantes, nomeadamente afegãos e curdos iraquianos.

Mais de 1.200 pessoas foram "alojadas de emergência em salas comunais" na terça-feira após o incêndio, nomeadamente em ginásios, informaram os Ministérios do Interior e da Habitação.

"A grande maioria das vítimas do incêndio foi abrigada após o sinistro", precisaram os Ministérios.

Os primeiros a partir esta quarta-feira são os homens solteiros.

Segundo o Governo francês, "o objetivo é acolher em breve todas as pessoas afetadas em todo o território francês e permitir-lhes o acesso ao processo de pedido de asilo".

Lusa