"Cada comparação de situações atuais com os crimes do nacional-socialismo não leva a nada de bom", declarou numa conferência de imprensa Steffen Seibert, porta-voz de Angela Merkel.
Sean Spicer, porta-voz da presidência norte-americana, provocou uma controvérsia na terça-feira ao declarar, num encontro com a imprensa: "Durante a Segunda Guerra Mundial não usámos armas químicas. Nem uma pessoa tão desprezível como Hitler desceu tão baixo ao ponto de usar armas químicas".
Minutos depois, Spicer procurou corrigir as suas afirmações, declarando que Hitler "não usou o gás da mesma forma que Assad está a fazer, sobre o seu próprio povo".
Perante a contestação às suas declarações, Spicer desculpou-se mais tarde no canal televisivo CNN e admitiu ter feito "por erro um comentário inadequado e com falta de sensibilidade sobre o Holocausto".
A comparação surgiu quando o assessor de imprensa da Casa Branca falava com os jornalistas sobre o ataque com armas químicas na semana passada em Khan Sheikhun, no noroeste da Síria, que causou pelo menos 86 mortos.
Alguns dias depois, forças militares dos Estados Unidos lançaram 59 mísseis de cruzeiro contra a base aérea síria de Shayrat, de onde terão partido os aviões envolvidos no ataque.
Lusa