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Príncipe Harry procurou apoio psicológico após 20 anos "a não pensar" na morte da mãe

O príncipe Harry relevou numa entrevista que só passados 20 anos após a morte da sua mãe, a princesa Diana de Gales, é que soube lidar com o sofrimento. Pelo meio passou dois anos de "caos total" e chegou a estar perto de um "colapso completo".

Príncipe Harry procurou apoio psicológico após 20 anos "a não pensar" na morte da mãe
Reuters Staff

Numa entrevista ao Daily Telegraph, Henrique Carlos Alberto Davi, mais conhecido como Harry, disse: "Posso dizer com segurança que perder a minha mãe aos 12 anos e, portanto, encerrar todas as minhas emoções nos últimos 20 anos, teve um efeito muito sério não só na minha vida pessoal, mas também meu trabalho".

"A minha maneira de lidar com a situação foi meter a 'cabeça na areia', recusando-me a pensar na minha mãe. Porque é que isso ajudaria?", confessou Harry. "Pensar nela só me vai deixar triste, não vai trazê-la de volta".

Ainda acrescentou: "Provavelmente estive muito perto de um colapso completo em inúmeras ocasiões, quando todos os tipos de sofrimento e todos os tipos de mentiras e equívocos vinham na minha direção de todo o lado."

Harry confessou que foi o boxe que o "salvou", ajudando-o a controlar a sua agressividade, e que procurou aconselhamento psicológico.

O Daily Telegraph escreve que o príncipe Harry decidiu conversar sobre o seu passado na esperança de incentivar as pessoas a quebrar o estigma que envolve questões de saúde mental.

Com o irmão e a cunhada, o duque e a duquesa de Cambridge, Harry está a promover uma campanha da saúde mental "Heads Together Health Campaign".

A princesa de Gales morreu num acidente de carro, a 30 de agosto de 1997, dentro do túnel de Ponte de l'Alma, em Paris.

O motorista embriagado e sob o efeito de antidepressivos perdeu o controlo do veículo em alta velocidade. O guarda-costas, Trevor Rees-Jones, foi o único ocupante do carro que sobreviveu.