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Papa anuncia no Twitter que viaja para o Egito como "peregrino de paz"

O Papa Francisco anunciou esta quinta-feira na sua conta de Twitter em português que viajará para o Egito na sexta-feira como "um peregrino de paz".

Papa anuncia no Twitter que viaja para o Egito como "peregrino de paz"
Tony Gentile

A conta @pontifex_pt é seguida por 2,5 milhões de pessoas.

Já na conta em espanhol (@pontifex_es), seguida por 12,7 milhões, o Papa pede para que rezem pela viagem que fará ao Egito como peregrino de paz.

A mensagem do Papa é similar ao tema apontado pelos organizadores da visita de que Francisco é "o Papa da paz num Egito de paz".

Francisco partirá na sexta-feira de manhã para o Cairo para uma visita de 27 horas que terá como evento mais importante a sua participação numa conferência sobre a paz organizada pela universidade islâmica do Cairo.

A visita do Papa Francisco ao Cairo surge a convite do presidente do país, Abdel Fattah El-Sisi, dos bispos da Igreja Católica, do papa da Igreja Ortodoxa Teodoro II e do grande imã da Mesquita de Al Azhar, Cheikh Ahmed.

Os atentados a 9 de abril em duas igrejas coptas, nas cidades de Tanta e de Alexandria, reivindicados pelo grupo radical Daesh, foram condenados pelo Papa Francisco, pedindo uma oração pelas vítimas e exprimindo as suas condolências ao papa copta ortodoxo, Teodoro II, à igreja copta e a toda a nação egípcia.

"Que o Senhor converta os corações daqueles que semeiam o terror, a violência e a morte e também o coração daqueles que fabricam e fazem comércio com as armas", concluiu o Papa argentino.

Os cristãos coptas são cerca de 10% da população do Egito e são, frequentemente, alvo de ataques por parte dos extremistas islâmicos.

Apesar dos ataques, o Vaticano anunciou a intenção de manter a viagem do Papa ao Egito.

Nesta visita, o Papa Francisco vai deslocar-se num veículo não blindado e segundo o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, as medidas de segurança a aplicar pelo Vaticano serão iguais às de outras viagens do Papa.

Este será o 27.º país visitado por Francisco durante o seu pontificado.

Com Lusa