Em contrapartida, o Tesouro norte-americano anunciou ao mesmo tempo a imposição de novas sanções contra vários responsáveis militares iranianos e empresas chinesas ligadas ao programa balístico do Irão.
A administração Trump informou o Congresso de que "os Estados Unidos irão continuar a aliviar as sanções, como exigem os compromissos norte-americanos de levantar as sanções ligadas ao Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA)", acrónimo do acordo sobre o programa nuclear iraniano assinado a 14 de julho de 2015 e aplicado desde 16 de janeiro de 2016 entre o Irão e as grandes potências (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha).
Esta decisão do Governo de Donald Trump sobre o Irão, que prolonga a política do seu antecessor, Barack Obama, depois de a ter criticado, surge dois dias antes das eleições presidenciais iranianas, nas quais o Presidente moderado, Hassan Rohani, favorável ao acordo sobre o nuclear, disputa um segundo mandato.
O acordo de julho de 2015 prevê um controlo internacional do programa nuclear iraniano para garantir que os seus objetivos são unicamente civis, em troca de um aligeiramento das sanções.
"Enquanto prosseguimos a nossa vigilância dos compromissos do Irão em relação ao JCPOA (...), vamos continuar a responsabilizar o Irão pelos seus atentados aos direitos humanos", alertou todavia o Departamento de Estado.
A diplomacia norte-americana reafirmou igualmente a sua "determinação em combater as atividades destabilizadoras do Irão na região, quer se trate do seu apoio ao regime [sírio do Presidente] Assad ou a organizações terroristas como o Hezbollah" xiita libanês.
Em simultâneo, o departamento do Tesouro anunciou mais sanções contra "responsáveis da Defesa iraniano, uma entidade iraniana e uma rede sediada na China", devido a presumíveis ligações ao programa de mísseis balísticos da potência xiita.
Lusa