A implementação da obrigatoriedade vai servir para evitar situações de emergência. A Itália registou quase três vezes mais casos de sarampo desde janeiro de 2017 do que em todo o ano de 2016.
"A falta de medidas apropriadas ao longo dos anos e a disseminação de teorias anti-científicas, especialmente nos últimos meses, levou a uma redução na proteção", alertou o primeiro-ministro Paolo Gentiloni.
Segundo a BBC, as doenças contra as quais as crianças devem ser vacinadas são:
- Poliomielite
- Difteria
- Tétano
- Hepatite B
- Haemophilus influenzae B
- Meningite B
- Meningite C
- Sarampo
- Caxumba
- Rubéola
- Coqueluche
- Catapora
Antes do novo decreto-lei, as vacinas contra a meningite e o sarampo eram apenas "recomendadas" e não obrigatórias.
A ministra da Saúde italiana, Beatrice Lorenzin, diz que com esta nova medida estão a enviar "uma mensagem muito forte ao público".
Na Itália o número de crianças de dois anos vacinadas contra o sarampo caiu de mais de 90% para cerca de 80%. Segundo a Organização Mundial de Saúde os números devem rondar os 95% ou mais.
A medida surge quase dois meses depois da Itália descobrir que uma enfermeira adulterava vacinas dadas a crianças que afinal não lhes protegia de nada. Mais de sete mil crianças foram afetadas. A fraude aconteceu num hospital de Údine e durou mais de seis anos (de novembro de 2009 a dezembro de 2015).