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Quercus lamenta a saída dos EUA do Acordo de Paris

A associação ambientalista Quercus lamentou esta quinta-feira a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre alterações climáticas, considerando que é agora fundamental que o resto do mundo se mantenha unido nos compromissos firmados.

Quercus lamenta a saída dos EUA do Acordo de Paris
MATT AMESBURY

"A Quercus considera que, apesar de não ser totalmente surpreendente esta saída dos EUA do Acordo de Paris, é agora fundamental que o resto do mundo honre o árduo trabalho que esteve por detrás do Acordo de Paris e se mantenha unido no objetivo comum de alavancar a transição energética para uma economia de baixo carbono", disse.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou hoje a saída do Estados Unidos do Acordo de Paris relativo às alterações climáticas considerando-o desvantajoso para o país, e disse estar preparado para negociar um novo tratado.

Para a Quercus, o abandono dos Estados Unidos da América deixa agora o resto mundo perante a grande incógnita sobre como "esta decisão sem precedentes do segundo maior poluidor mundial irá afetar a estabilidade do Acordo e o empenho dos outros 194 países que o ratificaram em reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa".

"É obviamente preocupante que os EUA, grande economia mundial e país que foi berço de grande parte da base científica e académica que legitima a tese do aquecimento global, abandonem agora o barco, até porque se trata do segundo maior poluidor a nível global", refere a associação.

Segundo a Quercus, legalmente esta retirada dos EUA do Acordo de Paris não irá suceder de um dia para o outro, sendo necessários pelo menos três anos de negociações o que significa que nunca será realidade antes de novembro de 2020, dando teoricamente tempo a uma eventual nova Administração para reverter esta decisão.

Agora, adianta a associação, é fundamental que os restantes países, especialmente as maiores economias mundiais do G7, se mantenham firmes no cumprimento dos objetivos e no reconhecimento da sua importância.

Lusa