Donald Trump anuncia esta quinta-feira às 15:00 em Washington (20:00 em Lisboa), a decisão do executivo norte-americano em relação ao Acordo de Paris. A hora foi avançada pelo próprio presidente dos Estados Unidos no Twitter, depois de ontem ter dito que iria anunciar a decisão brevemente.
Alguns meios de comunicação social norte-americanos dão a decisão da saída do acordo como certa. A Casa Branca não comenta as últimas notícias, apesar da imprensa norte-americana garantir que tem fontes na administração que confirmam a saída dos Estados Unidos do polémico acordo sobre alterações climáticas.
Sair do acordo isolaria os EUA de uma série de aliados internacionais que passaram anos a negociar o acordo alcançado em dezembro de 2015 para combater o aquecimento global, através da dedução das emissões de gases com efeito de estufa em cerca de 200 Estados. O cenário da saída alinharia os EUA apenas com a Rússia, entre as economias industrializadas.
Líderes empresariais norte-americanos apelaram a Trump que se mantenha no acordo. Entre estes estão os de Apple, Google e Walmart. Até empresas das energias fósseis, como ExxonMobil, BP e Shell, defenderam a permanência dos EUA no acordo.

O antecessor de Trump, Barack Obama, decretou o acordo sem a ratificação do Senado. Uma retirada formal iria levar anos, preveniram vários peritos, uma situação que motivou o presidente da Comissão Europeia a minimizar Trump, na quarta-feira.
A conta da ONU da rede social Twitter citou o secretário-geral, António Guterres, a dizer: "As alterações climáticas são inegáveis. As alterações climáticas são imparáveis. As soluções climáticas propiciam oportunidades incomparáveis".
Antes de assumir a Presidência, Trump disse que as alterações climáticas eram uma falsidade inventada para prejudicar a economia norte-americana, uma afirmação que desafia o consenso científico.
Com Lusa