Christopher A. Wray é advogado no reconhecido escritório King and Spalding e já assumiu funções no Departamento de Justiça (o equivalente ao Ministério da Justiça).
"Vou nomear Christophe A. Wray - um homem com uma carreira impecável - para ser o novo diretor do FBI", escreveu Trump no Twitter.
Christopher Wray é reconhecido como um veterano da Justiça americana.
Foi responsável, entre 2003 e 2005, da Divisão Criminal, uma das mais importantes do Departamento de Justiça, segundo a biografia disponibilizada pelo escritório King and Spalding.
O advogado "desempenhou um papel chave na supervisão de ações legais e operacionais na luta contra o terrorismo", segundo a mesma nota biográfica.
Este anúncio de Trump ocorre na véspera da muito aguardada audição de James Comey no Comité dos Serviços de Inteligência do Senado (câmara alta do Congresso norte-americano), que está a investigar a alegada ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.
Na audição de quinta-feira, que terá uma parte pública, é expectável que James Comey seja questionado sobre um presumível conluio entre os membros da equipa da campanha presidencial de Donald Trump e as autoridades russas.
O início da audição está previsto para as 10:00 locais (15:00 em Lisboa). Esta audição será seguida de uma outra audição, à porta fechada, diante dos 15 membros republicanos e democratas que compõem o comité, que estão abrangidos pelo dever de sigilo.
Comey foi demitido de forma repentina, a 09 de maio, numa altura em que estava a supervisionar uma investigação sobre os alegados contactos mantidos entre a campanha de Trump e a Rússia durante a corrida às presidenciais nos Estados Unidos.
O antigo diretor, que não prestou declarações públicas desde a sua demissão, será igualmente questionado pelos legisladores norte-americanos se Trump exerceu algum tipo de pressão sobre o FBI e a investigação sobre a Rússia.
Vários 'media' norte-americanos revelaram que o Presidente teria pedido a Comey para terminar as investigações relacionadas com o seu ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn, acusado de mentir sobre contactos com responsáveis russos e uma das figuras centrais do dossiê russo.
Segundo notas pessoais escritas pelo ex-diretor do FBI, o pedido teria sido feito durante uma reunião na Casa Branca, em fevereiro.
Trump nega qualquer interferência, bem como rejeita a ideia de um conluio com Moscovo.
Foi nomeado, entretanto, o ex-diretor do FBI Robert Mueller como procurador especial para supervisionar a investigação sobre a alegada interferência russa.
Questionado sobre a audição de James Comey, Trump respondeu: "Desejo-lhe boa sorte".
Lusa