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Centenas de detidos em protestos na Rússia

Mais de 200 pessoas foram hoje detidas na Rússia, sobretudo em Moscovo e São Petersburgo, no decurso de manifestações anticorrupção organizadas após um apelo do opositor Alexei Navalny, que acabou por ser detido á porta de casa. Navalny mudou no domingo à noite o lugar do protesto em Moscovo, da zona em que havia sido autorizado pela autarquia da cidade para a região da rua Tverskaya, onde hoje têm lugar as celebrações pelo Dia da Rússia, o que foi qualificado pelas autoridades como "uma provocação".

A OVD-Info, especialista no acompanhamento de detenções durante manifestações, registou 121 detenções em Moscovo e 137 em São Petersburgo (noroeste), indicou no Twitter.

Jornalistas de agências noticiosas presentes no local referiram-se a mais de uma centena de detenções em São Petersburgo e diversas em Moscovo, onde o protesto foi menos concentrado. Foram ainda detetadas prisões em número menos reduzido nas cidades de província de Vladivostok (extremo-oriente), Norilsk (Grande norte), ou em Soshi (sul). Alexei Navalny, o organizador dos protestos, tinha sido previamente detido à porta de sua casa antes de se poder juntar aos manifestantes, anunciou a sua mulher nas redes sociais.

"Saudações. Eu sou Yulia Navalnaya. Felicidades a todos pela festa (Dia da Rússia). Alexei foi preso à porta de casa. Pediu-me para transmitir que os planos não mudaram: Tverskaya", escreveu a mulher, na conta de Twitter do opositor.

O 12 de junho, Dia da Rússia, é comemorado em todo o país e assinala a independência em 1990, antes da dissolução oficial da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), sendo um feriado marcado por inúmeros eventos públicos, nomeadamente reconstituições históricas, assim como uma receção oferecida pelo Presidente Vladimir Putin no Kremlin.

Com Lusa