"Profunda dor por um grande alemão e um grande europeu", referiu Steffen Seibert, o porta-voz da chanceler, através de uma mensagem na rede social de mensagens curtas Twitter.
O ex-chanceler alemão Helmut Kohl, o "pai" da reunificação alemã, morreu hoje aos 87 anos na sua casa de Ludwigshafen, sudoeste do país.
Helmut Kohl, o dirigente político germânico que mais tempo governou a República Federal, com quatro legislaturas, foi o artífice da reunificação alemã, após a queda do Muro de Berlim em 1989.
Em Bruxelas, o presidente da Comissão europeia, Jean-Claude Juncker, definiu Kohl como "a própria essência da Europa", e anunciou que as bandeiras das instituições da União Europeia (UE) serão colocadas a meia-haste.
"A morte de Helmut entristece-me profundamente. Meu mentor, meu amigo, a própria essência da Europa. Vai fazer imensa, imensa falta", escreveu Juncker também no Twitter.
"Grande europeu" e "verdadeiro aliado da Europa", Helmut Kohl "encheu de vida a casa europeia, não apenas por ter estabelecido pontes em direção a oeste e a leste, mas também porque nunca deixou de conceber as melhores perspetivas para o futuro da Europa. Sempre encarou a perspetiva história", explicou mais detalhadamente Jean-Claude Juncker num comunicado publicado em alemão. Saudou ainda a memória do homem "sem o qual não existiria o euro".
O presidente do Conselho europeu, o polaco Donald Tusk, evocou por sua vez "um amigo e um homem de Estado que ajudou a reunificar a Europa".
Jacques Delors, um dos mais ilustres antecessores de Juncker, também elogiou "um cidadão da Europa", num texto transmitido à agência noticiosa France Presse (AFP).
"Todos os europeus devem inclinar-se perante o homem Helmut Kohl e a sua ação que inspirou e concretizou a unificação da Alemanha, apesar dos obstáculos de todas as naturezas", assinalou Delors.
Em Paris, o Presidente francês Emmanuel Macron exprimiu em comunicado no Twitter a sua "emoção" numa referência "a um dos grandes homens da Europa e do mundo livre" e um "artífice da Alemanha unida e da amizade franco-alemã".
O antigo Presidente norte-americano George H.W. Bush (pai) também não deixou de reagir à morte do ex-chanceler, ao saudar "um verdadeiro amigo da liberdade" e "um dos maiores líderes da Europa do pós-guerra".
"Helmut era um rochedo, em simultâneo estável e forte", sublinhou em comunicado o 41º presidente dos Estados Unidos, que estava no poder (1989-1993) quando ocorreu a reunificação alemã.
Com Lusa