"Constata-se que, de facto, o fluxo migratório de venezuelanos aumentou consideravelmente, estima-se que entre 300 e 400 pessoas por dia", informaram os ativistas num comunicado difundido pelos meios de comunicação social.
O comunicado explica que, devido a este aumento, "o processo de admissão assume períodos prolongados, de duas e três horas, gerando uma acumulações nos pontos de controlo migratórios".
As organizações visitaram a zona para verificar as condições, após um anúncio, na quinta-feira, do Ministério do Interior do Equador de que tinha aumentado o pessoal neste local. O Ministério também desmentiu que tivesse negado entrada a 800 venezuelanos.Segundo as ONG, apesar de "as autoridades estatais informarem que não se implementou a inadmissibilidade coletiva de pessoas de nacionalidade venezuelana, reportaram-se situações em que se estariam a exigir, de forma aleatória, que mostrassem ter uma determinada quantidade de dinheiro para poderem entrar no país".
Desde que começou a onda de protestos a favor e contra o Governo da Venezuela, o número de cidadãos desse país radicados no Equador não parou de crescer.
Em janeiro, de acordo com dados do Ministério do Interior, o jornal El Comercio deu conta que nos últimos cinco anos entraram no Equador 476.132 venezuelanos, dos quais 38.087 não registaram saída. Um inquérito oficial realizado a 16 de julho no Equador pela Associação Civil de Venezuelanos, uma ONG de apoio a emigrantes, registou 24.000 residentes dessa nacionalidade no país.
Lusa