Em comunicado, a AI defendeu que a transferência dos dois líderes políticos para uma prisão militar, depois de o Supremo Tribunal ter revogado a sua prisão domiciliária devido a alegados planos de fuga, é um "sinal revelador" de que o Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, quer "silenciar todas as formas de crítica".
"A administração de Maduro está a enviar uma mensagem aterradora a toda a gente na Venezuela: que a dissidência não será tolerada de nenhuma forma", disse a diretora da AI para as Américas, Erika Guevara-Rosas.
A organização humanitária considera que "está a esgotar-se o tempo" para que as autoridades da Venezuela deem uma "volta de 180 graus quanto à sua forma de abordar a liberdade de expressão".
"As consequências de não o fazer serão simplesmente aterradoras", sublinhou Guevara-Rosas.
Para a ativista, "o Governo venezuelano deve garantir que ambos (Ledezma e López) têm acesso aos seus advogados e que todas as normas processuais são respeitadas".
O Supremo venezuelano revogou a prisão domiciliária dos opositores depois de receber "informação secreta oficial" que alertava para um "plano de fuga" deles.
Os juízes asseguraram também que López e Ledezma violaram as condições impostas pela sua condenação, que inclui a sua impossibilidade de ocupar cargos políticos e os obriga a abster-se de emitir "declarações perante qualquer meio de comunicação".
Lusa