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EUA revêm projeto de resolução da ONU sobre Coreia do Norte

Os Estados Unidos divulgaram na noite de domingo, aos seus 14 parceiros do Conselho de Segurança da ONU, um texto revisto relativo a um oitavo pacote de sanções contra a Coreia do Norte, segundo diplomatas.

EUA revêm projeto de resolução da ONU sobre Coreia do Norte
Ahn Young-joon

O texto, que tornar-se-á definitivo após uma votação hoje por parte dos Estados Unidos, prevê um embargo "progressivo" sobre o petróleo destinado a Pyongyang e não total e imediato como estipulava o primeiro projeto de resolução norte-americano. O texto prevê ainda a proibição de importação por parte dos Estados-membros das Nações Unidas de têxteis norte-coreanos.

De acordo com diplomatas citados pela AFP, as negociações que decorrem há já quatro dias com Pequim e Moscovo levaram os EUA a moderar o seu discurso sobre a situação dos trabalhadores expatriados norte-coreanos e à fiscalização de navios suspeitos de transportar carga proibida pelas resoluções da ONU.

A pedido de Washington, o Conselho de Segurança das Nações Unidas deve pronunciar-se hoje sobre o texto que concede novas sanções contra Pyongyang. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, é acusado de ameaçar a paz com programas de armamento nuclear.

Em comunicado, a agência de notícias norte-coreana, KCNA, refere que o Ministério dos Negócios Estrangeiros avisa que caso Washington "avance com esta resolução ilegal sobre um endurecimento das sanções, a Coreia do Norte assegurará que seja absolutamente certo que os Estados Unidos paguem o preço".

A Coreia do Norte realizou, no passado dia 3 de setembro, o seu sexto ensaio nuclear, que disse ter-se tratado de uma bomba de hidrogénio, ou bomba H miniaturizada, apta a ser colocada num míssil balístico intercontinental (ICBM). O teste foi o mais potente já realizado pelo regime norte-coreano e mereceu a condenação da comunidade internacional, fazendo aumentar a tensão na região.

Em julho, aquele país asiático já tinha realizado dois disparos de ICBM. Estas atividades nucleares e balísticas violam as resoluções das Nações Unidas, que já infligiram sete conjuntos de sanções a Pyongyang.

Com Lusa