Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, comparecerá no tribunal entre 4 e 6 de abril com seis outras pessoas, no quadro do processo iniciado por 10 vítimas do padre Bernard Preynat, acusado em 2016 pelo abuso sexual cometido sobre escoteiros da região desde 1991.
O caso, que ainda está sob investigação, desencadeou um escândalo sobre a atitude da Igreja e levou a instituição a adotar novas medidas para combater a pedofilia.
O Ministério Público lançou paralelamente uma investigação à falta de denúncias das agressões e a omissão em relação a estes crimes, que visou particularmente Barbarin, mas que foi arquivado em 1 de agosto de 2016.
Entretanto, os queixosos não quiseram desistir e apresentaram uma denúncia ao tribunal, em maio passado, sobre o silêncio dos superiores da Igreja em relação a estes crimes sexuais contra menores.
Além do arcebispo de Lyon, foram citados o arcebispo de Auch (sudoeste), Maurice Gardès, e o bispo de Nevers (centro) Thierry Brac de la Perrière, antigos membros da diocese de Lyon, assim como Luis Ladaria Ferrer, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano.
Também foram citados o ex-diretor do gabinete do cardeal Pierre Durieux, hoje em Nantes (oeste), Régine Maire, responsável pelo departamento que recebia as queixas das vítimas dos sacerdotes na diocese de Lyon, e o vigário episcopal Xavier Grillon, que era o superior imediato do padre Preynat.
Lusa