Paolo Duterte foi interrogado, este mês, negando as acusações feitas pela oposição, que o acusa de pertencer à máfia chinesa.
Rodrigo Duterte não se referiu especificamente às acusações. Contudo, voltou a lembrar o discurso que já tinha feito durante a campanha eleitoral, em 2016, segundo o The Guardian.
Nesta altura, o Presidente filipino disse que qualquer um dos seus filhos que estivesse envolvido em drogas enfrentaria os piores castigos que pudesse imaginar. "Eu já tinha dito: Se tenho filhos envolvidos nas drogas, matem-nos de modo a que as pessoas não tenham nada a dizer", disse Duterte durante um discurso, na quarta-feira, citado pelo jornal inglês.
"Então, eu disse ao Pulong (alcunha de Paolo): A minha ordem é para que te matem, se for verdade. E eu vou proteger o polícia que te matar."
Durante a campanha eleitoral, Rodrigo Duterte prometeu erradicar as drogas ilegais na sociedade, matando até 100 mil traficantes e dependentes.
Desde que chegou ao poder, a meio de 2016, as autoridades terão matado mais de 3.800 pessoas em operações antidroga, enquanto outros milhares foram assassinados sob circunstâncias sem explicação.
Esta quinta-feira, apoiantes e opositores invadiram as ruas do país, num debate nacional sobre a guerra contra a droga e os homicídios constantes.
"O nosso país está a tornar-se num cemitério. Pessoas estão a ser mortas todos os dias e nós enterramos os mortos todos os dias", disse um manifestante anti-Duterte, citado pelo The Guardian. Também os apoiantes do Presidente apareceram em grandes números, refletindo assim a popularidade de Duterte, nas Filipinas.
Já como Presidente, Rodrigo Duterte disse que ficaria "feliz por abater" três milhões de viciados, descrevendo ainda as crianças mortas na guerra contra a droga como "danos colaterais". Contudo, o Presidente das Filipinas garantiu várias vezes que nunca pediu às autoridades para fazerem algo ilegal.