O Comité Nobel premiou "as suas contribuições decisivas para o detetor LIGO e observação das ondas gravitacionais", uma avanço essencial na investigação que confirma a previsão de Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade Geral.
Rainer Weiss, investigador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), vai receber metade do montante do Prémio Nobel da Física - 9 milhões de coroas suecas, cerca de 940 mil euros . Barry Barish e Kip Thorne do California Institute of Tehnology partilham a restante metade.
Ondas gravitacionais
As ondas gravitacionais são pequenas ondulações no tecido espaço-tempo, provocadas pela deslocação de um corpo com massa, e que se propagam no Universo à velocidade da luz.
O fenómeno acontece com uma supernova (explosão de uma estrela em fim de vida) ou com duas estrelas de grande massa muito próximas uma da outra, assim como com a colisão de buracos negros (zonas do Universo das quais nada pode escapar, nem mesmo a luz, sendo por isso invisíveis).
Primeira deteção em setembro de 2015
A 2 de fevereiro de 2016, cientistas de várias nacionalidades anunciaram que ouviram as ondas gravitacionais produzidas pela colisão de dois buracos negros a 400 megaparsecs (1.3 mil milhões anos-luz) da Terra. A revista científica Nature reproduziu a comunicação.
As ondas gravitacionais foram detetadas a 14 de setembro de 2015 pelos dois instrumentos do Observatório Ligo (Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory), nos EUA. São dois aparelhos gigantes, cada um com 4 quilómetros de comprimento, separados por 3 mil quilómetros: um em Livingston, na Luisiana, nos sul do país, o outro em Hanford, no estado de Washington, no noroeste dos EUA.