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Ex-membros da Generalitat retiram objetos pessoais dos gabinetes

O governo espanhol está a conceder "algumas horas" para que os antigos membros do governo autónomo da Catalunha, destituídos na sexta-feira, recolham objetos pessoais dos gabinetes oficiais que ocupavam, disse hoje o ministro do Interior.

Um retrato do presidente catalão demitido, Carles Puigdemont, no interior do palácio da Generalitat
Um retrato do presidente catalão demitido, Carles Puigdemont, no interior do palácio da Generalitat
Yves Herman

Juan Ignacio Zoido, ministro do Interior do Executivo espanhol, disse à televisão Antena 3 que a autorização para a retirada dos objetos pessoais enquadra-se na vontade do governo em recuperar a "normalidade institucional", o mais rápido possível, de forma "discreta" e com "intervenção mínima" por parte das autoridades.

Na entrevista à estação de televisão espanhola, Zoido sublinhou que a "eliminação" do corpo de polícia regional (Mossos d'Esquadra) nunca esteve em discussão.

Questionado pela fotografia difundida através das redes sociais em que se pode ver Josep Rull, destituído do governo regional e que tutelava a pasta Território e Sustentabilidade, no gabinete oficial hoje de manhã, o ministro pediu para que "seja sensato".

"Estamos a dar-lhes algumas horas para que retirem os objetos pessoais, porque queremos recuperar a normalidade, com a maior discrição e com a mínima intervenção", disse Zoido.

O ministro pediu "responsabilidade" aos membros destituídos do governo regional catalão para que não "sejam implicados mais funcionários" acusando os "independentistas" de provocarem a divisão da sociedade da Catalunha.

Na mesma entrevista, o ministro do Interior acrescentou que tem esperança de que até às eleições marcadas para o dia 21 de dezembro se mantenha a "convivência pacífica" e que todos os partidos se empenhem na campanha eleitoral na apresentação dos respetivos programas.

Por outro lado, o membro do governo do Partido Popular reiterou que os próximos orçamentos do Estado vão abordar a questão da equiparação salarial da Polícia Nacional e da Guardia Civil em relação aos corpos policiais das várias regiões autónomas espanholas.

Lusa